A campanha do Outubro Rosa, que divulga amplamente as medidas de prevenção do câncer de mama entre as mulheres, ganhou também, há alguns anos uma versão pet, devido ao fato da neoplasia ser uma das mais comuns entre caninos e felinos. Nas cadelas, as chances de surgimento de tumores mamários são de 45% e, nas gatas, esse percentual chega a 30%, com o agravante de que, na espécie felina, 80% deles são malignos.
Como não existe predisposição de raça para este tipo de tumor, a melhor forma de evitar que seu animal seja afetado por ele ainda é a prevenção.
De acordo com o médico-veterinário Leonardo Soares, especializado em oncologia veterinária e membro da Comissão Regional de Bem-Estar Animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Alagoas (CRMV-AL), o primeiro passo da prevenção é manter as visitas regulares ao médico-veterinário.
É importante também que o tutor deve mantenha-se atento aos sinais que sugerem o aparecimento de tumores, como caroços, inchaços e/ou secreção na região da cadeia mamária, que podem ser detectadas com o exame local – palpação – das mamas da cadela ou gata.
E ao primeiro sinal de anormalidade, procure o médico-veterinário para uma avaliação especializada e encaminhamentos necessários pois, o quanto antes for feito o diagnóstico, maiores serão as chances de cura para o animal.
“A castração precoce, no entanto, é a forma mais eficiente de prevenção ao câncer de mama pet, podendo ser adotada, inclusive, para auxiliar no tratamento de casos de diagnóstico positivo”, recomenda Dr. Leonardo, lembrando que, dependendo da forma como a doença se manifesta, pode ser feita cirurgia para retirada do tumor ou tratamento com quimioterapia.
Ele reforça ainda que o uso de medicamentos contraceptivos, utilizados para evitar o cio de cadelas ou gatas, é extremamente contraindicado, pois acaba favorecendo o surgimento dos tumores mamários.
“Fique atento à saúde do seu pet e tenha o atendimento profissional como seu maior aliado no cuidado com seu animal, pois assim ele terá muito mais tempo para ficar ao seu lado”, reforça o médico-veterinário.