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Lira se esquiva de escândalos envolvendo aliados: “Só respondo pelo meu CPF”

Entrevistado do Roda Viva no dia de ontem (31), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), respondeu a uma série de perguntas, dentre elas sobre escândalos recentes envolvendo pessoas próximas ao deputado. Sobre isso, ele resumiu: “Só respondo pelo meu CPF”.

Questionado sobre a indicação de R$ 32,9 milhões do orçamento secreto para compra de kits de robótica para escolas de municípios suspeitos de desvio dinheiro público, Arthur Lira disse que não é citado nas investigações. “Em 12 mil páginas de inquérito, não há menção ao meu nome”.

O deputado, porém, confirmou a sua amizade com o ex-assessor Luciano Cavalcante, principal alvo da investigação da Polícia Federal. Lira também enquadrou as investigações em um cenário de “condenações midiáticas inimagináveis”.

Outro ponto que foi tratado durante a entrevista são os familiares e aliados de Lira que estão empregados na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

O deputado teria emplacado dez parentes e aliados na empresa, que, juntos, recebem R$ 128 mil em salários. Por conta disso, a CBTU foi apelidada de “Estatal do Lira” em Brasília.

Ele justificou que a legislação veda apenas indicações de familiares de primeiro e segundo grau, o que tornaria a presença de seus aliados na CBTU lícita. “As indicações não foram minhas”, disse Lira.

Sucessão

Lira ainda tem cerca de um ano e meio de mandato na presidência da Câmara dos Deputados, mas o seu espólio já tem candidatos. Questionado sobre possíveis nomes que poderiam sucedê-lo, o deputado respondeu que “a sucessão não está aberta”.

“Esse que está aqui (deputado Elmar Nascimento, União Brasil-BA) e os outros que estão assistindo: eu já disse, quem colocar a unha para fora, vai arrumar um problema comigo”, disse Lira.

Bolsonaro

O apoio e a proximidade de Lira com Jair Bolsonaro (PL) também foram abordados. O deputado não negou o voto no ex-presidente nas eleições de 2022, mas se esquivou de comentar as declarações do ex-chefe do Executivo sobre urnas eletrônicas, os ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal e os questionamentos à democracia.

“Teve algum caso meu? Algum caso em que eu falei da urna, da democracia?”, disse Lira. Questionado sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que deixou Bolsonaro inelegível, o presidente da Câmara foi sucinto. “Decisão judicial eu não comento, eu respeito. Não faço qualquer entrevero nem com o Judiciário nem com o Executivo.”

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