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Brasileiros tiraram R$ 87,8 bilhões da caderneta de poupança em 2023

As retiradas de recursos das cadernetas de poupança superaram os depósitos em R$ 87,8 bilhões em todo ano de 2023, informou nesta segunda-feira (8) o Banco Central.

A saída de valores da poupança em 2023, apesar de alta, foi menor que a do ano anterior – quando mais de R$ 100 bilhões deixaram a modalidade de investimentos.

A evasão de recursos da caderneta de poupança aconteceu em um momento de juros e endividamento ainda relativamente altos no país.

De acordo com a instituição, em 2023:

  • os depósitos somaram R$ 3,82 trilhões
  • as retiradas totalizaram R$ 3,91 trilhões

Com a retirada de recursos da poupança no último ano, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou queda para R$ 983 bilhões. Em dezembro de 2022, o volume total somou R$ 999 bilhões.

Cenário da economia
A retirada de recursos da caderneta de poupança acontece em um cenário de juros ainda relativamente altos, apesar de quatro quedas seguidas na Selic, para o patamar atual de 11,75% ao ano.

Indicadores também mostram que o endividamento da população segue elevado. Segundo o BC, ele somou 47,6% da renda acumulada nos doze meses até outubro deste ano.

Ao mesmo tempo, a taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito recuou para 3,4% em novembro, patamar ainda alto em termos históricos. A série do BC para esse indicador começa em março de 2011.

Rendimento
A caderneta de poupança segue com rendimento limitado. Isso ocorre porque, com as regras vigentes, quando a taxa Selic ultrapassa o patamar de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês, mais a variação da taxa referencial (TR, que é calculada pela média ponderada dos títulos públicos prefixados).

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