O Governo de Alagoas decidiu o próximo passo no trâmite para evitar a venda da Braskem. Trata-se de buscar a agência reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos, que protege investidores. Há meses, a ala governista tem reafirmado posição de que a petroquímica só pode ser negociada quando concluídas todas as indenizações do Caso Pinheiro.
A pretensão de ir à agência americana foi confirmada pelo próprio governador Paulo Dantas à imprensa. Nessa quarta-feira (26), ele esteve no Tribunal de Contas da União, em Brasília, onde pediu ao ministro Aroldo Cedraz a suspensão da possível venda da Braskem.
“O desastre empurrou boa parte das cerca de 60 mil vítimas para as cidades vizinhas. Elas não foram ouvidas nem devidamente indenizadas. Não dá para vender a Braskem sem dar este ressarcimento”, justificou Dantas.
“É o maior case imobiliário especulativo do mundo. A empresa que cometeu um crime ambiental sem precedentes pode lucrar bilhões de reais em alguns anos”, completou.
Atualmente, existem três propostas concretas na mesa, sendo duas de R$ 10 bilhões: Unipar e J&F. A fatia a ser negociada pertence à Novonor – antiga Odebrecht, que, em razão das dívidas, tem suas ações como garantia aos credores.