Senador entra na Justiça para que Estado deixe de entregar alimentos à população com fome
O senador Rodrigo Cunha (UB) entrou na Justiça, neste sábado (17), para que as pessoas com fome em Alagoas não recebam as cestas básicas ofertadas pelo Governo do Estado. Hoje, são entregues cerca de 109 mil cestas básicas todos os meses pela gestão do governador Paulo Dantas, por meio do programa Pacto contra a Fome.
O contraditório é que o candidato e seus aliados reclamam, pela TV e pelas redes sociais, que o Estado nada faria para acabar com a fome que acomete todo o Brasil. Porém, na Justiça, pede que as ações sejam suspensas.
MDB protesta contra Cunha: Desumano
Em protesto, o presidente do MDB Alagoas classificou como “desumano” o pedido do senador Rodrigo Cunha. “É cruel demais! Você saber que muitas pessoas precisam de cestas básicas do Estado para colocar comida na mesa dos seus filhos e um senador Rodrigo Cunha querer impedir isso. Um senador que nada fez por Alagoas, agora atrapalha, atrapalha, atrapalha”, declarou o presidente do MDB, o senador Renan Calheiros.
Para Renan, Rodrigo Cunha está novamente fazendo política com o sofrimento do outro. “Você e seus filhos, graças a Deus, estão bem alimentados, senador Rodrigo. Não tire a comida da boca de quem não tem nada para comer. É baixo demais até para você”, condenou o presidente do MDB.
Pacto contra a Fome
O programa Pacto contra a Fome consiste no maior conjunto de ações com o objetivo de mudar a realidade de centenas de milhares de alagoanos que vivem na extrema pobreza. A estratégia representa um esforço concentrado para levar alimento a famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional grave, congregando programas já existentes e implantando medidas emergenciais para maior alcance na assistência à população.
Além das 109 mil cestas básicas mensais, o pacto conta com dois restaurantes populares, que servem mais de cinco mil refeições por dia ao preço de R$ 2 cada. Também prevê a continuidade do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), beneficiando aproximadamente seis mil agricultores familiares de forma direta e mais de 28 mil famílias de forma indireta, compreendendo produtores e consumidores; e a oferta de microcrédito de R$ 1.000,00 para iniciarem um pequeno negócio.