A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (18), a urgência do projeto de lei que visa criminalizar os institutos de pesquisas eleitorais quando os resultados das urnas forem diferentes das projeções realizadas. O PL 96, de 2011, de autoria do deputado Rubens Bueno, foi aprovado por 295 votos a 120, com apenas uma abstenção.
Dentre os que votaram e representam Alagoas na Câmara, o deputado Paulão (PT) foi o único que votou contra a PL que criminaliza os institutos de pesquisa. Marx Beltrão (PP), Nivaldo Albuquerque (Republicanos), Tereza Nelma (PSD) e Sérgio Toledo (PV) votaram sim. Não votaram Isnaldo Bulhões (MDB), Severino Pessoa (MDB), Pedro Vilela (PSDB) e Arthur Lira (PP)
Os institutos de pesquisas sempre estiveram na mira dos aliados do presidente, que questionam as projeções com os resultados das urnas eletrônicas. Nas eleições deste ano, alguns candidatos ligados ao governo saíram vitoriosos divergindo de levantamentos que mostravam outros cenário.
Em entrevista recente, Arthur Lira, que vem enfrentando críticas pela condução dessa matéria, afirmou que é contra a responsabilidade penal dos donos dos institutos. Porém, ele defendeu o pagamento de multas, indenizações e da proibição de atuação dos institutos que errarem pesquisas em eleições futuras.
“Não tenho nenhuma indicação de como vamos fazer essa responsabilização objetiva penal. Na minha visão, a empresa de pesquisa, que recebe para fazer pesquisa, teria de ressarcir, ser multada. Você não pode errar em 20, 15, 10 pontos, isso não é erro, isso é direcionamento. É um serviço malfeito que induz eleitores de boa-fé”, disse o presidente.