Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 21, o deputado Cabo Bebeto (PL) lamentou a morte do empresário baiano Cleriston Pereira da Cunha, 46 anos, ocorrida ontem, após passar mal durante banho de sol no Complexo da Papuda, em Brasília. O empresário era um dos presos pela invasão dos prédios dos três poderes, no dia 8 de janeiro deste ano.
“Esse é um dos casos que vem chamando bastante atenção. Primeiro pela manutenção da prisão, segundo pelas penas impostas, todas arbitrárias”, destacou o parlamentar, acrescentando que o advogado do empresário já havia entrado com recursos pedindo para que cumprisse prisão em domicílio, tendo em vista que laudos médicos comprovavam sequelas da Covid-19.
“O ministro Alexandre de Moraes não teve tempo de julgar essa matéria e toda essa situação criada, pelo menos para o Cleriston e a família, encerrou ontem com a morte dele. Há relatos de outros presos não morreram porque existem médicos presos que os socorreram”, observou Bebeto, considerando a situação dos presos pelos atos do 8 de janeiro desproporcional.
“Acho que independente de qualquer ideologia, qualquer brasileiro de bom senso, reconhece que as penas são arbitrárias. Enquanto traficantes, estupradores, assaltantes e homicidas, muitas vezes no dia seguinte vão para casa”, critica o deputado, acrescentando que “é preciso colocar a mão na consciência porque está sendo abusivo, desumano e arbitrário o tratamento que essas pessoas estão tendo do Judiciário brasileiro”.
/Ascom ALE