Após exatos dois meses internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP), o alagoano José Higino da Silva, de 40 anos, foi submetido ao transplante de coração nesta segunda-feira (23). Com isso, a fila de espera por um novo coração foi zerada em Alagoas, já que ele era o único alagoano que aguardava por este órgão.
José Higino da Silva já foi desentubado, passa bem, e seu estado clínico é estável, segundo informou Isa Kelly Feitosa, esposa do mais novo transplantado do Estado. Segundo relatou à Central de Transplantes de Alagoas, via telefone, a cirurgia do marido foi bem sucedida, mas a identidade do doador não foi informada.
“É uma sensação de alívio após dois meses de internação no Hospital Albert Einstein, onde meu marido foi muito bem tratado. Ele só não fez antes o transplante porque seu estado clínico se agravou e teve que se recuperar. Sou muito grata por tudo que foi feito por ele e, agora, é cuidar para que José se recupere totalmente e possa retornar para Maceió, para prosseguirmos com nossa vida”, salientou Isa Kelly Feitosa.
Para o secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, o transplante de José Higino da Silva representa uma vitória dupla para Alagoas. Primeiro porque ele teve a vida salva e, segundo, porque o Estado zerou a fila de espera por transplante de coração.
“Realizamos uma verdadeira operação para transferir José Higino de Maceió para São Paulo. Desde então, foram mais dois meses de espera, mas o que importa é que ele foi bem tratado, que surgiu um doador compatível e o procedimento foi realizado”, salientou.
Atualmente, de acordo com a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, a fila de espera por um transplante de órgãos conta com 470 pessoas inscritas, sendo cinco por um fígado, 35 por um rim e 430 por uma córnea.
“Já no período de janeiro até agora, 77 transplantes foram realizados, sendo seis de fígado, três de rim e 68 de córnea. E nosso trabalho de sensibilização é contínuo para que mais pessoas comuniquem aos seus parentes que são doadoras em potencial, uma vez que é necessário a autorização de um parente de primeiro grau para que a doação ocorra”, informou.